É na sola da bota de Beyoncé

O fenômeno Texas Hold 'Em, Universal Music versus TikTok e videoclipe de um clássico do japanese city pop

É na sola da bota de Beyoncé
Beyoncé (Reprodução)

Essa semana falo sobre os primeiros feitos históricos da era country de Beyoncé, e comento também sobre a batalha judicial entre a maior startup do mundo versus a maior gravadora do mundo.


Ato II: country music

Beyoncé está fazendo história, mais uma vez, e agora na música country e em seus próprios termos: na surdina, sempre.

Se você não “tava fora do Brasil irmão”, deve ter visto que durante o último Super Bowl (11 de fevereiro), a empresa Verizon divulgou um novo comercial estrelado por Beyoncé, que usou o filme publicitário e a ocasião para anunciar o Act II da Renaissance Era.

Na mesma noite, chegava às plataformas de streaming os singles country Texas Hold ’Em e 16 Carriages, além da data do novo álbum, 29 de março.

Nossos olhos desatentos não repararam nos sinais que a própria cantora havia dado quando o Act I foi lançado em 2022. Cavalos, chapéus e afins, estava tudo lá.

O último grande spoiler, foi durante a premiação do Grammy. Beyoncé apareceu vestindo um look masculino, mas não qualquer um, eram roupas parte da coleção assinada por Pharrell Williams para a Louis Vuitton e apresentada na última Semana de Moda de Paris.

Nesta coleção, Pharrell, diretor criativo masculino da marca, fez “um tributo aos povos nativos estadunidenses - na conta, entram as referências indígenas e as do povo negro. "Quando você vê cowboys retratados, você vê apenas algumas versões”, disse Williams nos bastidores após o show, de acordo com o site The Guardian”.

Beyoncé no Grammy. Reprodução Instagram.

Confesso que acho a coragem da Beyoncé algo ímpar, porque mexer em um vespeiro tão conservador e branco do mercado musical dos Estados Unidos, que é a música country, requer um espírito afrontoso, que ela carrega, sem dúvidas.

Entre boicote de rádios, elogios da própria Dolly Parton e questionamentos sobre sua verdadeira conexão com o gênero, a música, desde o seu lançamento, não parou - e não para - de crescer em reproduções e debates calorosos.

Um exemplo aconteceu algumas semanas atrás, quando um fã reportou que a Oklahoma’s KYKC se negou a tocar a música de Beyoncé.

Na terça-feira, um fã de Beyoncé contatou a emissora para solicitar sua música Texas Hold ’Em – uma das duas lançadas de forma surpresa durante o Super Bowl, onde a vencedora de 32 estatuetas Grammy também anunciou o segundo álbum de sua trilogia Renaissance.

A estação, KYKC de Oklahoma, respondeu ao pedido com um e-mail do gerente geral, Roger Harris. “Não tocamos Beyoncé no KYKC porque somos uma estação de música country”, escreveu Harris

Obviamente, a rádio recebeu uma enxurrada de pedidos e críticas depois disso e precisou inserir Texas Hold ’Em e 16 Carriages em sua programação.


Nos charts da Billboard, a música Texas Hold ’Em alcançou o primeiro lugar na Hot Country Songs, e nesta semana o mesmo feito aconteceu nas listas Billboard Global 200 e Billboard Hot 100. Além disso, no último sábado (24), a música chegou ao primeiro lugar do Top 50 Global do Spotify com mais de 6 milhões de plays.

Segundo teorias e especulações, os atos de Renaissance seriam um “resgate” de gêneros musicais que possuem suas raízes em comunidades negras e que, ao longo das décadas, foram expropriados e embranquecidos, como a dance music, o house e o country. [No Brasil, temos diversos exemplos: samba, funk carioca, pagodão baiano, e sim, a música sertaneja].

Claro, tudo não passa de especulações da BeyHive (o fandom), porque, como disse no início do texto, a principal estratégia de Beyoncé é a discrição e lançamentos surpresas, mas, confesso, que estou torcendo aqui para ser real e o Act III ser o rock.

Acho importante entendermos esse “resgate”, que coloquei entre aspas porque não é como se antes não tivesse nenhuma outra pessoa artista negra cantando, inovando ou abrindo portas nesses gêneros musicais, muito pelo contrário. Prefiro descrever a Renaissance Era como uma grande celebração das raízes culturais negras e quem pavimentou essa estrada que Beyoncé agora anda e joga luz.

Sobre isso, segue um trecho de uma matéria da Billboard (em tradução freestyle):

Renaissance não “recuperou” a dance music como um gênero negro; artistas negros, que chamam aquele espaço de lar, já mantinham vivo o espírito dos criadores do gênero. O que Renaissance fez, no entanto, foi ajudar a educar as massas sobre a origem da dance music e da cultura club. Seja por meio de colaboração (Honey Dijon, Syd) ou de samples (a virada de “I Feel Love” para “Summer Renaissance” continua sendo um destaque), Renaissance é parte do objetivo artístico de Beyoncé nesta última meia década: usar sua plataforma para destacar, elevar e prestar homenagem a pessoas muitas vezes desconhecidas em todos os gêneros.

Ela fez isso aos poucos ao longo de sua carreira, mas sua visão realmente se aguçou em The Lion King: The Gift, sua trilha sonora para o remake fotorrealista de O Rei Leão, de 2019, que também serviu como uma carta de amor ao Afrobeats, que estava apenas começando a alcançar o cenário global. Nesse disco, que alcançou o segundo lugar na Billboard 200, Beyoncé convocou talentos africanos de todo o continente, incluindo artistas como Burna Boy, que se tornaria uma presença formidável no top 40 na década seguinte (e ajudaria a trazer o Afrobeats junto com ele).

Se ela continuar este esforço com o Act II, entrará mais uma vez em um espaço que – embora relativamente estranho à sua carreira – ostenta uma pequena, mas poderosa coleção de artistas negros ocupando o máximo de espaço possível. Antes de Texas Hold 'Em fazer de Beyoncé a primeira mulher negra na história a chegar ao topo das músicas country mais populares, estrelas como Darius Rucker e Kane Brown, que possuem 24 sucessos combinados no top 10 das paradas, têm feito avanços notáveis ​​dentro da máquina contemporânea de Nashville.

Antes de Texas Hold ’Em e 16 Carriages, Beyoncé havia feito uma primeira inscursão no country com Daddy Lessons, presente no álbum Lemonade (2016). Na época, a cantora chegou a dividir o palco com as The Chicks, no tradicional Country Music Awards para performar a sua música e, claro, foi duramente criticada pela fanbase conservadora e branca do country.

Nos anos seguintes ao polêmico desempenho de Beyoncé & The Chicks no CMAs de 2016, estrelas como Mickey Guyton e BRELAND também fizeram grandes avanços para os artistas negros em Nashville. Em 2021, Guyton se tornou a primeira mulher negra solista a receber uma indicação ao Grammy na área country (melhor performance solo country por “Black Like Me”), bem como a primeira mulher negra a receber o prêmio de novo artista do ano no CMAs. BRELAND, que explodiu em cena pela primeira vez em 2019 com o híbrido country-trap “My Truck”, que evoca “Old Town Road” [de Lil Nas X], ganhou seis sucessos no Top 40 no Hot Country Songs em quatro anos. Ao lado de “My Truck”, “The Git Up” de Blanco Brown – que liderou o Hot Country Songs e atingiu o top 20 na Billboard Hot 100 – também causou um grande impacto em 2019.

Abrindo um parênteses aqui: o próprio Lil Nas X enfrentou dificuldades com os charts quando lançou Old Town Road (Remix) com participação do renomado cantor country Billy Ray Cyrus (que também é pai da Hannah Montana e da Miley Cyrus, ao mesmo tempo). A música “estreou na 19ª posição na parada Hot Country Songs da Billboard. Mas na semana seguinte ela desapareceu - tendo sido movida para a parada Hot Rap Songs, onde entrou na 24ª posição”. O debate era sobre se Old Town Road era ou não country suficiente, mas, no fundo, sabemos qual foi a “questão”. Fechando agora.

O efeito Texas Hold’Em

Desde o seu lançamento, Texas Hold ‘Em tem acumulado conquistas históricas dentro do country. Com apenas quatro dias de rastreamento de execução, chegou à segunda posição na Billboard Hot 100 e em sua terceira semana, subiu para o primeiro lugar.

E como esses feitos estão impactando a comunidade negra do country?

A cantora country em ascensão Tanner Adell – mais conhecida pela corajosa “Buckle Bunny” – experimentou um aumento de 188% nas execuções no streaming nos EUA para o seu catálogo no fim de semana após o lançamento de “Texas Hold ‘Em”, de acordo com a Luminate. Adell, colega de gravadora de Beyoncé na Columbia, aproveitou totalmente o boom country de Beyoncé postando TikToks estabelecendo conexões entre sua própria música e a de Beyoncé.

Durante o mesmo período, Linda Martell – a primeira mulher negra a se apresentar no Grand Ole Opry – viu os plays de seu catálogo saltarem 275% em relação ao fim de semana anterior. A estrela country que fez história e apresentadora de rádio Apple Music Country, Rissi Palmer, também recebeu um aumento de 110% no streaming de seu catálogo, e os streams de catálogo de Rhiannon Giddens – que toca banjo em “Texas Hold’Em” – aumentaram 50%. Até mesmo K. Michelle – que, até o momento, tem menos de um punhado de músicas country disponíveis em streaming – viu um aumento significativo, com seu vibrante “Tennessee” subindo 185% nas transmissões após o lançamento de “Texas Hold ‘Em”.

Em uma entrevista ao News Channel 5 Nashville, Alice Randall, uma das primeiras mulheres negras a co-escrever uma música country número 1 (o sucesso de Trisha Yearwood de 1995, “XXX's and OOO's (An American Girl)”), disse: “É quase um momento de ciclo completo para mim... quase tenho vontade de chorar. Eu queria ver uma mulher negra chegar ao topo das paradas e posso me aposentar agora!”

Este é o verdadeiro poder do projeto de três atos de Beyoncé e provavelmente será o maior exemplo do impacto da trilogia. Trata-se de trazer nomes como Alice Randall, Tanner Adell, Linda Martell e Rissi Palmer para o primeiro plano, para que possam ficar ao lado de Beyoncé - na esperança de que, quando ela passar para o próximo ato, elas possam permanecer na vanguarda por décadas por vir.

O debate que ela está criando e alimentando é, sem sombra de dúvidas, algo histórico e relevante, mas não muda magicamente toda uma estrutura que está enraizada no racismo e na misoginia. Para isso, precisaríamos que o público passasse a pressionar quem tem a caneta na mão e toma as decisões de impacto na indústria.

“Beyoncé fazendo um álbum country não conseguirá magicamente mais contratos de gravação para artistas country negras, nem estimulará magicamente instituições de premiação de música country a nomear e homenagear mulheres negras enquanto elas ainda estiverem aqui”. No entanto, é inegável que sua presença aponta os holofotes para quem tem carregado há décadas as tochas do pioneirismo como Linda Martell e Charley Pride.

Que venham os próximos atos e que Beyoncé mantenha a coragem de “mexer” nesses vespeiros.


TikTok versus Universal Music

Caso você não seja usuário de TikTok ou não esteja muito “por dentro” da indústria musical, talvez não saiba, mas desde o início de fevereiro até o momento, após discordâncias contratuais, a Universal Music Group retirou todo o seu catálogo do aplicativo da chinesa ByteDance.

Dia 30 de janeiro, a Universal publicou uma carta aberta destinada aos artistas e compositores.

Em um dos trechos a gravadora diz:

Os termos de nosso relacionamento com o TikTok são definidos por contrato, que expira em 31 de janeiro de 2024. Em nossas discussões de renovação de contrato, temos pressionado por três questões críticas – compensação apropriada para nossos artistas e compositores, proteção de artistas humanos dos efeitos nocivos da IA e segurança on-line para os usuários do TikTok.

Em outro:

Com relação à questão da compensação de artistas e compositores, o TikTok propôs pagar aos nossos artistas e compositores uma taxa que é uma fração do que as principais plataformas, situadas de forma semelhante, pagam. Hoje, como uma indicação de quão pouco o TikTok compensa artistas e compositores, apesar de sua enorme e crescente base de usuários, aumentando rapidamente a receita publicitária e aumentando a dependência de conteúdo baseado em música, o TikTok representa apenas cerca de 1% de nossa receita total.

Em última análise, o TikTok está tentando construir um negócio baseado em música, sem pagar o valor justo pela música.

Sobre a IA, o TikTok está permitindo que a plataforma seja inundada com gravações geradas por IA – além de desenvolver ferramentas para permitir, promover e incentivar a criação de música de IA na própria plataforma – e exigir um direito contratual que permita que esse conteúdo dilua maciçamente o pool de royalties para artistas humanos, em um movimento que não é nada menos que patrocinar a substituição de artistas pela IA.

Além disso, o TikTok faz pouco esforço para lidar com as vastas quantidades de conteúdo em sua plataforma que infringe a música de nossos artistas e não ofereceu soluções significativas para a crescente onda de questões de adjacência de conteúdo, muito menos a onda de discurso de ódio, intolerância, bullying e assédio na plataforma. O único meio disponível para buscar a remoção de conteúdo infrator ou problemático (como deepfakes pornográficos de artistas) é através do processo monumentalmente complicado e ineficiente que equivale ao equivalente digital de “Whack-a-Mole”.

Além disso, a Universal Music revelou que sofreu intimidação por parte do TikTok:

Mas quando propusemos que o TikTok tome medidas semelhantes aos nossos outros parceiros de plataforma para tentar resolver esses problemas, ele respondeu primeiro com indiferença e depois com intimidação.

Como nossas negociações continuaram, o TikTok tentou nos intimidar a aceitar um acordo que valesse menos do que o acordo anterior, muito menos do que o valor justo de mercado e não refletindo seu crescimento exponencial. Como é que nos tentou intimidar? Ao remover seletivamente a música de alguns de nossos artistas em desenvolvimento, mantendo na plataforma nossas estrelas globais que elevam o público.

As táticas do TikTok são óbvias: usar seu poder de plataforma para ferir artistas vulneráveis e tentar nos intimidar a aceitar um acordo ruim que subvalorize artistas e compositores de música.

No mesmo dia o TikTok respondeu publicando uma nota curta:

É triste e decepcionante que a Universal Music Group tenha colocado sua própria ganância acima dos interesses de seus artistas e compositores.

Apesar da falsa narrativa e da retórica da Universal, o fato é que eles escolheram se afastar do poderoso apoio de uma plataforma com mais de um bilhão de usuários que serve como um veículo promocional e de descoberta gratuito para seu talento.

O TikTok conseguiu chegar a acordos de "artistas em primeiro lugar" com todos os outros rótulos e editores. Claramente, as ações egoístas da Universal não são do melhor interesse de artistas, compositores e fãs.

E parece que estamos longe ainda de ver um comum acordo entre as duas empresas. No início dessa semana, muitos veículos de imprensa e usuários relataram que mais músicas foram retiradas do app. Segundo a Billboard, faixas com compositores contratados da Universal Music Publishing Group, ou seja, a editora do grupo, também estão sendo retiradas.

Explicando de maneira bem simplista. Uma música possui, principalmente, dois tipos de direitos: o primeiro é o direito conexo, que diz respeito à música gravada, e é controlado pelas gravadoras. O segundo é o direito autoral, que diz respeito à obra musical, ou seja, a letra e a composição em si, que é controlada por uma editora musical.

Por isso, sim, compositores podem escrever canções para artistas de qualquer gravadora, no entanto, se um desses colaboradores é contratado de outras editoras, e se, de repente, ela detém a maior parte dos direitos autorais de certa obra, ela pode sim, pedir para que essa música seja retirada de alguma plataforma. É o caso do Bad Bunny, que tem contrato com uma gravadora independente, a Rimas, mas possui um acordo de editoração com a UMPG, por isso sua música támbem foi retirada.

Parece complexo, e é mesmo.

Não é a primeira vez que a ByteDance entra em uma “briga de força” com uma major. Em 2022, a Sony Music retirou temporariamente o seu catálogo do aplicativo Resso (descontinuado em 2023, dando lugar ao TikTok Music). De acordo com o site Music Business World, uma fonte próxima à situação da época disse: “A razão para a retirada parece bastante simples: uma empresa de US$ 300 bilhões não quer pagar os artistas adequadamente”.

Já a Variety lembrou de outro precedente, que ocorreu em 2008-2009, “quando a Warner Music Group removeu ou silenciou sua música no YouTube por vários meses antes que as empresas chegassem a um acordo. No entanto, o escopo da batalha UMG-TikTok é muito mais amplo”.

Isso tudo é uma discussão muito complexa, longa e que possui muitos lados. Há quem acredita que a Universal Music está sendo negligente com seu casting e fãs, ao retirar as músicas da principal ferramenta de marketing musical do momento. E há quem diga que o TikTok, mesmo com todo o seu tamanho, está batendo de frente com a indústria que, praticamente, gerou sua expansão. Segundo relatório da PEX, 85% dos vídeos do TikTok contém música. É muita coisa!

Percent of videos on TikTok with music

Não consigo acreditar que a Universal Music esteja genuinamente preocupada com os seus artistas, tampouco com os compositores, mas ao mesmo tempo enxergo a sua “manobra” como algo que já devia ter sido feito e do modo que está sendo feito.

Esse papo do TikTok de que “a Universal Music Group está colocando sua própria ganância acima dos interesses de seus artistas e compositores” é quase que uma piada, sério. Porque essa declaração vem de uma empresa que possui aplicativos inundados de conteúdos extremamente prejudiciais aos usuários e de MUITAS músicas que infringem direitos autorais. E nada é feito de modo efetivo. Estamos falando de uma empresa que em 2023 faturou com o TikTok US$ 110 bilhões.

Alguém está certo?

Bem, de um lado, temos a maior gravadora do mundo com pontos pertinentes e exigindo o óbvio: remuneração justa pelo trabalho dos artistas. Do outro, uma empresa de tecnologia dizendo, praticamente, que faz um favor à artistas, já que eles podem usar o seu aplicativo para divulgar suas músicas de maneira gratuita. O famoso “eu pago sua arte com divulgação”.

O que me preocupa é ver uma indústria que existe há mais de cem anos, dependendo do algoritmo de apenas um aplicativo, criado por uma empresa estritamente de tecnologia, e não de música. Ou seja, o TikTok é apenas mais uma peça do grande quebra-cabeça de um marketing musical bem executado, e não o todo.

Para mim, a discussão tem que ir mais fundo ainda e chegar na estrutura financeira da coisa. Perguntas como: por que um compositor, dentro dessa enorme engrenagem, ganha menos? Por que DSPs pagam centavos? Como os royalties são distribuídos? Existe legislação para proteger esses compositores? Quais são? No Brasil, como poder público, Ecad e as sociedades de gestão coletiva podem garantir que uma pessoa que decida compor músicas, não dependa de um viral para pagar as contas?

Universal Music versus TikTok é apenas a ponta de um enorrrrme iceberg.

Como disse antes, tudo isso é parte de uma discussão complexa e que, tenho certeza, que terão ainda muitos desdobramentos. Nos resta acompanhar e falar cada vez mais a respeito com nossos pares de mercado.

O que não podemos jamais perder de vista é diferenciar o que é uma Big Tech e o que é uma empresa de música, e compreender que são corporações com interesses e objetivos distintos.

Mas bem, bora conversar sobre o assunto? Me fale vocês o que estão achando nos comentários. Sei que por aqui temos artistas, pessoas do mercado musical e de tecnologia.

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E as outras redes sociais? Deixo aqui uma lista de artigos falando sobre casos de sucesso e reflexões sobre o Shorts, do YouTube e o Reels, do Instagram.


Stay with meeeee

Para fechar a edição com leveza.

“A icônica obra-prima de city pop, recentemente remixada como "Mayonaka no Door - Stay with Me (2023 Mix)" por Tamotsu Yoshida, um renomado engenheiro de gravação por trás de vários clássicos japoneses. A dupla brasileira Fridman Sisters dirigiu um videoclipe em homenagem ao sucesso atemporal de Miki Matsubara.”

Certeza que vai te trazer minutos de paz e arrancar um sorriso:


Para ir mais fundo: